O caso do Professor e da moto

Eita que a coisa não está de tudo bem para o lado daqueles estudam e ensinam nas escolas as letras e os números. Depois da notícia noticiosa das professoras que foram detidas de Bis lá para as bandas das fronteiras rondonianas e o fato ter deixado de boca aberta Buritis e suas adjacências, coisa verdadeira e estrambólica veio se assuceder a outro professor de notável saber na noite do fatídico dia lá para as bandas do Guaporé Mamoré. Eia que desfiaremos o caso. E se alguém quiser dizer que diga que estamos pegando carona no episódio de malogrado desfecho, porém que a carona não seja de Bis.
Como eu ia dizendo, esse nosso professor, muito conhecido no meio do magistério municipal do município de Buritis dos buritisenses, relatou que na noite de ontem, enquanto a população estarrecida lia as notícias, saiu de sua casa por volta da meia-noite para buscar sua esposa que é plantonista em um setor público e que não citaremos o nome para os nosso leitores investigadores não descobrirem de quem se trata. Porque temos leitores aqui que, se der corda, eles investigam, capturam, prendem, julgam e determinam a pena, tudo isso em  menos de 24 horas. Arre égua!
Então, vinha ele todo faceiro pelo caminho, pilotando sua máquina, sentido na cara o vento fresco da noite quando, na altura do Caipirão, percebeu, à beira da estrada, um quebrado novo na vegetação beiradeira. Segundo o depoimento do professor Professor, seu coração até gelou quando viu, deitada na relva abandonada  ao sabor das sombras noturnas e meio-que-escondida pelos arbustos treteiros, uma motocicleta Pop100.
O professor Professor olhou para um lado, olhou para o outro, assuntou de olhos, ouvidos e nariz se o dono da Pop não estava, de fato, se aliviando do barro em uma das moitas. Nada. E a motinha ali, esparramada na relva, seduzindo:
- Professor, leva eu... Posso ser toda sua.  É só catar e montar em mim.
Mas, professor Professor que não é bobo nada de meter a mão na cumbuca, pois homem vivido de várias experiências nas aulas de ciências e química, saltou fora:
- Sai de retro, escavadeira, que tu és chave de cadeia. Já te curo! Nem se fosse um Bis me meteria nessa enrascada...
Assim, o professor sacou seu celular e tacou-lhe um 190, que é pra invocar os polícias mais brabos das adjacências do Candeias, companheiros de farda do agente secreto A.T.


Para finalizar o caso, o teacher contou que quando retornou, trazendo na garupa a sua amada, a polícia estava lá com a Pop sob custódia, clareando com suas potentes lanternas as moitas e tufos de capim daquela parada. Talvez querendo encontrar um produtor de churros.

Imagem ilustrativa

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